Fractal!
Minha vida é um vitral
um caleidoscópio em movimento
partículas de mim
iniciadas e mal finalizadas
fractais de vida
um viver em contemplação partida
Minha vida é um vitral
Antigos fragmenos resgatados, pra ficar na memória:
Quadros de Van Gogh vivos de se tocar
"A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes, mas bendizei, ao contrário, o Deus todo-poderoso que vos marcou pela dor neste mundo para a glória no céu.
em caso de dor ponha gelo
Crianças são os seres que têm as melhores constatações do mundo. E merecem ser registradas. Meu primo Lucas é uma dessas crianças e um dia desses ele chegou a uma conclusão surpreendente. Conversando sobre como é boa a infância, de como é bom poder brincar e não ter que trabalhar, ter tempo pra tudo, ele me disse o seguinte: "adulto não tem tempo pra nada porque tem que só trabalhar, criança não, criança tem a hora do recreio pra brincar. Adulto tinha que ter hora do recreio também!" Não é fabuloso! Hora do recreio para os adultos! Não é aquele intervalozinho que você vai tirar para cuidar dos seus assuntos pessoais durante o trabalho, não. Nem aquele esportizinho que você faz para te manter em forma. Não é nada disso. É recreio! Pra brincar, não pensar em obrigações, trabalho, corpo, saúde, nada. Igual criança mesmo, recreio pra brincar. Quem foi que disse que adulto não precisa disso? Acho que ninguém disse que não, mas também ninguém disse que sim, então eu digo agora, adulto precisa de brincar sim! Por que não? Essa história de que trabalho dignifica o homem, nunca me convenceu, pra mim o que dignifica o homem é o prazer, à toa e espontâneo por assim ser. E tem prazer maior do que brincar!? A gente vai adultecendo e esquecendo o melhor da vida, a liberdade nata, que só a criança tem. Então voltemos aos bons tempos! Sem barreiras de status e organização social que ditam como um adulto tem que ser. Façamos um intercâmbio com a infância, a começar pela hora do recreio!
Mulher é um bicho traiçoeiro. Eu particularmente, não gosto de mulher, apesar de admirar a raça. É fato que a mulher nasceu para sofrer, não há dúvidas, mas de vez em quando a gente burla essas leis. Para qualquer ser humano a alternativa para viver melhor é a criatividade. Mas na mulher isso pode ser ainda mais fantástico. Articulação é a palavra. Mulher tem que saber ser bem articulada e criativa, mulheres assim me admiram. Tem que ser inteligent, ter sabedoria. Mas o que acaba com essa raça é a burrice. Tem mulher que é burra demais. Mulher já é bicho ruim, que tem a inveja como pecado nato. Não vale cair nessa estatística. Tem que se articular, valorizar a criatividade, a sensibilidade e a beleza de ser mulher. Mas não. A bicha insiste em competir, disputar espaço. Ah, por favor! Eu acredito que a conquista é a melhor tática. Tem que ter jogo de cintura, afinal para que serve tanto rebolado!? Não gosto de mulherzinha, mesquinha, que faz joguinho, que gosta de se fazer de "migucha" ou "querida" sem ser. Mulher tem que ser mulher, de mulher pra mulherão, agora mulherzinha não, é fazer um papel ridículo demais. Tanta arte para ser mulher, tanta arte, música e poesia para definir, e me aparece umas coisas que eu não sei lidar. Desonra a classe!
O BELO DA JUVENTUDE
Eu faço parte de um grupo de pessoas que não aceitam o óbvio. Alguns chamam de criticismo, ser do contra. Até concordo. O fato é que eu sempre duvido do óbvio, do massivo, do que atinge a todos como se coubesse a cada um. Existem sim boas idéias, boas energias, ilusões e fés para nos apegarmos, todo ser humano precisa disso. O problema é que pra vender, essas coisas são tratadas com uma simplicidade absurda. Uma visão reducionista demais. Essa história de "O Segredo" não me convence de jeito nenhum. A mulher pega oito meses com alguns ditos mestres pra dizer que descobriu o segredo da humanidade. Como assim? É reduzir ao óbvio a idéia de ditado popular: fazer o bem para colher o bem, quem emana boas energias recebe boas energias. Com o adicional de receitas de livretes de auto-ajuda, numa capa dura e design também de auto-ajuda. Página na internet, programa de TV e filme com altas bilheterias?! e ainda quer me convencer que isso não é indústria cultural!? Demais não! O pior é que muita gente entra nessa onda por inércia.