4.19.2006

A imprensa enoja!

Essa é em homenagem à aventura metal da minha amiga Ana Cláudia
em algum dia de fevereiro.

Restaurante Letoile D’Argent – coletiva de imprensa. Uma Brasilidade incrível, a começar pelo nome do restaurante, bastante brasileiro. O ambiente era também de muito brasilismo: é chegar e pedir um aperitivo, uma branquinha pra abrir o apetite. Imagine só, a etiqueta morreria! Mesa posta para o prato de entrada, pratin pequenin, duas facas, dois garfos, modos, modos e modos, inatingível etiqueta. Certamente não pudemos cumpri-la, mas é certo que ao menos tentaríamos. Até então a música ambiente segurava o clima e nosso bate-papo nos abstinha daquele cenário. Eis que chega a nata, os empresários,e automaticamente os rélis urubus se atiçam, acham o máximo brincar de jornalista. Sempre um quer dar uma de bonzão, de diferente, de inusitado. Tão previsível! Tudo bem, facilmente ignorável. Obviamente a essa hora os estômagos já esperavam enlouquecidos por um digno almoço, afinal de contas, num restaurante com um nome desses... O espaço tá aberto para as perguntas dos jornalistas, e é claro que ninguém quer falar, todo mundo tá lá só pra comer. A gente se esforça e ainda sai alguma coisa, mas o tempo tá correndo, e a gente trabalha, ao contrário da mamata de muitos da família urubuana. Engolindo literalmente a comida, um enorme pedaço daquele bifão que compunha o nosso diversificado PF de bife e macarrão tomou o caminho errado e por lá ficou. O jeito foi ir embora com o bife no meio da garganta, ou onde quer que ele estivesse. O conjunto restaurante francês, evento brasilidade, jornalistas urubus, modos de etiqueta e PF pobre de nome chique obviamente não deu certo. O resultado foram três belas jorradas de vômito pelas ruas da cidade. Devia ter pedido a pinga!

1 Comments:

At 6:41 PM, Anonymous Anônimo said...

Pororoquinha, adorei seu comentário, extremamente verdadeiro e sarcástico...Brigada pela homenagem, é consolador saber que aquele episódio lamentável serviu pra hoje darmos boas risadas!!
Acho que meu pobre estômago brasileiro, goiano, acostumado com arroz, feijão e ovo frito, não se adequou as frescuragens francesas,só no mome do restaurante, é claro, pseudo brasileiras. Garanto que se fosse realmente um evento à la Brasil, o tão esperado almoço seria servido ás 11 e 30 da matina, pois brasileiro acorda cedo, pega ônibus lotado e o estômago reclama logo cedo, bem na hora que os mega empresários paulistas estão acordando ressaquiados.
Uma resalva: Foram pra lá de sete jorradas de vômito nos cantos burgueses da bela Goiânia, até que finalmente o maldito pedaço de filé falsificado me saísse como um filho pela garganta.

 

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